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Inauguração do Teatro Anatómico e Apresentação do Programa de Doação Cadavérica da Universidade de Aveiro

Decorreu na tarde de quarta-feira, 17 de setembro, a inauguração do Teatro Anatómico e a apresentação do Programa de Doação Cadavérica da Universidade de Aveiro, no Edifício da Saúde.

A sessão de abertura iniciou-se com o testemunho de Artur Silva, Vice-Reitor para a Investigação e Inovação da UA e Presidente do EMHA, que deu as boas-vindas e agradeceu às equipas da UA e aos parceiros institucionais envolvidos neste projeto, destacando-o como uma aposta no ensino e na investigação. Enalteceu o altruísmo e a generosidade das doações, sublinhando o profundo respeito e gratidão que lhes são devidos, enquadrados por uma base legal e protocolos internos rigorosos. Concluiu destacando a ousadia e inovação da UA, sustentadas por princípios éticos, e reforçou que, apesar da tecnologia envolvida, o programa exige humanidade, colocando sempre as pessoas em primeiro lugar.

Francisco Amado, Diretor do Departamento de Ciências Médicas da UA, sublinhou que se celebrava mais do que um espaço físico. Recordou a origem do projeto, nascido como curso de Medicina, acreditado há pouco mais de um ano pela A3ES, e destacou a dedicação ímpar que permitiu iniciar o primeiro ano letivo em 2024. Reconheceu que o “projeto de saúde da UA está hoje mais enriquecido” e reforçou a importância da “trilogia ensino–formação–investigação para cuidados de excelência”, com gestão integrada e impacto económico positivo.

Rui Costa, Diretor da ESSUA, referiu que o Teatro Anatómico surge de forma oportuna, como um veículo de apoio à formação em anatomia, à formação contínua e à investigação, representando desafios e oportunidades. Destacou ainda o investimento da ESSUA em equipamentos nas áreas de imagiologia, dosimetria e simulação, agradecendo o apoio da Reitoria.

Ana Povo, Secretária de Estado da Saúde, expressou o “orgulho em estar na UA” e partilhou o seu carinho pela anatomia, área em que realizou o doutoramento. Recordou os primeiros passos do Centro Académico Clínico EMHA e o envolvimento das várias ULS no projeto. Defendeu o uso das novas tecnologias, “sem perder o vínculo humano”, essencial na saúde e na medicina. Reforçou a importância da descentralização do ensino médico e reconheceu os desafios da carreira médico-docente, anunciando a revisão do diploma que a regula desde 1999. Terminou afirmando que a UA tem agora condições para ser líder na área dos dispositivos médicos.

Seguiu-se a intervenção de António Amaro, Diretor do Teatro Anatómico, que recordou a história do ensino da anatomia humana e agradeceu a Artur Silva pelo impulso dado à criação do Teatro Anatómico da UA, que recebeu o nome de Egas Moniz. Agradeceu à equipa do Teatro Anatómico, em especial a Miguel Pais Vieira, coordenador do espaço e peça-chave no projeto, cuja formação inclui uma pós-graduação em Dissecção Anatómica. Destacou ainda o apoio da ULS da Região de Aveiro e do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, na pessoa de Luís Cardoso, pelos contributos técnicos e logísticos. Dirigiu também uma palavra de apreço à artista Lúcia Seabra, pela graciosidade do seu trabalho com os azulejos que decoram a entrada do Teatro Anatómico.

Por fim, Firmino Machado, Diretor do Mestrado Integrado em Medicina, expressou a honra de contar com a presença da Secretária de Estado e destacou a colaboração da UA com parceiros institucionais e representantes da sociedade civil. Explicou o funcionamento do circuito de doação (consultar documentação AQUI), sublinhando que tudo começa com uma vontade individual, esclarecida e comunicada. Agradeceu aos líderes que impulsionam projetos, à equipa técnica e à colaboração com a ULSRA, bem como às pessoas que já doaram o seu corpo ao programa da UA.

A sessão solene terminou com um momento musical pelo Duo Alumni UA “Beija-flor”, seguido da visita às instalações e da inauguração oficial do Teatro Anatómico pela Secretária de Estado da Saúde.

Em ambiente reservado, decorreu ainda uma conversa informal e enriquecedora sobre a doação do corpo à ciência, que permitiu clarificar desafios e questões relevantes para a comunidade. Um agradecimento especial às associações de utentes e representantes da sociedade civil que estiveram presentes.

O EMHA felicita estas conquistas, que pertencem a todos os que fazem parte deste ecossistema de saúde em constante crescimento.

 

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